Tem momentos na vida em que enxergamos enfim o que era óbvio para todos, menos para você. Ou pior, momentos em que nos deparamos com a verdadeira verdade, aquela que APAVORA. E a vida curte uns truques espertos, pra fazer com que se aprenda a lição e NUNCA mais esqueça. E sim, tem o princípio da culpa aí. Você erra, você sofre, você sente culpa. Nunca me senti tão culpada quanto anteontem, quando resolvi, num ato de rebeldia e adolescência retardada, encher a cara para fins de "maior diversão" e acabei perdendo, sabe o DIABO aonde, o anel que estava na minha mão direita, dedo médio. Um anel que nunca usava, por medo mesmo de perder. O anel que ganhei da minha avó (simbolicamente, porque ela já estava mal da cabeça) quando me formei, nos idos do século XX. O anel que representava tanto pra mim, uma pequenina recompensa pela eterna frustração e tristeza de não tê-la em full spirit naquele dia. Dia esse que se representou alguma coisa, foi só por causa dela, ou por causa do que eu achei que representaria na cabeça dela, se e somente se.
Enfim, como diria o cretino do ditado, vão-se os anéis, ficam-se os dedos. Tenho um dedo médio agora que insiste em apontar na minha direção, pelado e cheio de raiva. Essa culpa a vida não vai nunca me tirar.
Sep 8, 2008
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2 comments:
'O'
sinto a dor.
infelizmente, o ditado é certo. ficam-se os dedos.
mas pense que com ele ficará sempre a memória do anel, e de clarissa.
acontece, mesmo.
da próxima vez (porque haverá próxima vez, não se iluda), vai sem nada de valor, como no carnaval. :)
Poxa!
Perder qualquer coisa já é ruim, ainda mais quando consideramos a importância do objeto baseado no valor sentimental, pois este sim é inestimável!
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